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Movimento Rastafári inspira amor próprio entre a população negra e olhar voltado para a África

A perseguição durante décadas pelas autoridades coloniais britânicas e autoridades jamaicanas não impediu que o movimento Rastafári se espalhasse no mundo com uma mensagem de amor próprio entre a população negra.

A premissa da religião rastafári – que tem no cantor Bob Marley seu principal expoente – vem desde os anos 1930.

Surgiu na zona rural jamaicana como uma mistura de cristianismo e movimentos nacionalistas negros que incentivavam as pessoas a olharem para a África com a intenção de regressarem à terra de onde foram desenraizados.

Em sua gênese, está o pensador norte-americano, uma das vozes importantes do Pan-africanismo, Marcus Garvey.

Garvey foi um dos primeiros a estimular a ideia de amor próprio entre a população negra e, como símbolo deste pensamento, está a canção One love (amor único) de Bob Marley. O pensador ainda promoveu a ideia de união da diáspora.

A religião tomou força também com a coroação do imperador Hailee Selassie, em 1930, um homem negro a quem se refere a denominação do próprio movimento.

Para se distinguir, o movimento Rastafári usava o primeiro nome de Selassie antes mesmo de ele se tornar imperador (Tafari), juntamente com o prefixo “ras” que significa príncipe.

Hoje em dia, o movimento que tem grande relevância mundial, segue pequeno na própria Jamaica. O censo local informa que somente 1% da população acompanha o rastafarianismo, o que representa cerca de 30 mil pessoas.

  • Com base em reportagem do portal BBC News Brasil publicada em 16 de março de 2024 e assinada por Rafael Abuchaibe.

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